a tirar um curso de tip

Mas o sofrimento não se reduz ao evento da perda em si: o que mais dói é a solidão emocional, a sensação de estar isolado num mundo que não compreende aquilo que se perdeu.

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dissonância afetiva

‘Never again’ is now.

UI EU VOU PARTIR ESTA MERDA TODA

ver crescer partidos que normalizam o ódio enquanto se desfaz o comum? onde está a saúde pública, a educação, a dignidade.? é um colapso ético, seus acéfalos

ninguém está a resolver nada. estão só a gritar mais alto, a arranjar novos culpados para esconder as falências mais antigas do serr humano. a falência do cuidado, do ouvir o próximo e o distante, da cultura, da política que OUVE AS NOSSAS ENTRANHAS

a minha revolta não é um impulso, é uma ESCOLHA. não quero o poder de punir. quero o poder de construir, de proteger, de fazer um país onde existir não seja um risco para quem é pobre, diferente ou frágil!!!!!!!!!!!!!

chamem-me ingénuo. mas prefiro sê-lo com os dois olhos abertos do que ser mais um lúcido a aplaudir o apodrecimento

a política é um autêntico teatro de sombras onde a ignorância veste farda branca, o ressentimento sobe ao púlpito e a linguagem serve apenas para inflamar palha seca, nunca para iluminar

quando o segundo partido mais votado é fundado sobre o desprezo, a humilhação e a amnésia histórica, não estamos num debate democrático. estamos num circo onde os palhaços perderam o riso e o público a memória

NÃO CRL. portugal não tem um problema de imigração. tem um problema de desigualdade, de habitação, de precariedade CRÓNICA. QUANDO essas feridas são ignoradas, o populismo aparece como anti-séptico moral fácil, como um tóxico viciante. cura ilusória, infeção garantida

mas o mais assustador não é o grito dos fanáticos. é o silêncio dos sensatos. é a esquerda transformada em moralista crónico, sempre pronta a indignar-se, mas sem linguagem para propor??? que esquerda incapaz é esta que comenta de longe e se protege do erro como quem se vacina

não se combate ódio com ironia. não se vence o populismo com fact-checks e com ataques diretos preenchidos de ódio. e não se salva uma democracia sem tocar o outro onde ele ainda sente, no medo, na fome, na solidão, porque isso é comum a todos os nós, até aos eleitores do chega

a política, se quiser viver, terá de deixar de ser um mix de takes modernos, branding, marketing etc etc e voltar a ser gesto. voltar a sujar as mãos. voltar a pensar o mundo não como problema, mas como tarefa.

EU NÃO QUERO VENCER ELEIÇÕES. quero reinventar a ideia de vitória, onde ganhar significa que ninguém fica para trás, que ninguém precisa de gritar para ser ouvido, e que um doente mental não é um número mas um nome, uma história, uma vida que importa

não quero líderes performativos, quero pessoas com espessura ética, com coração. gente que sabe que cuidar de um estranho é também uma forma de desarmar o sistema e de o puxar para o nosso lado

chega de querer ter razão. eu quero ter consequência. e isso é tão mais nobre e tão mais complicado.

porque não há glória em ser humano. há só o esforço radical e silencioso de continuar a sê-lo quando tudo à volta nos quer indiferentes. e isso, hoje amigus, é o ato mais revolucionário que há