luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile
luis m. jorge

@luisjorge

livros, vinhos, baixa política

ID: 7963092

calendar_today05-08-2007 00:29:06

66,66K Tweet

8,8K Followers

1,1K Following

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

O maior desafio da comunicação política em 2025 é que as emoções conduzem ao poder enquanto a racionalidade na elaboração de propostas só conduz à oposição. Este desalinhamento entre razão e emoções não está a ser enfrentado por quase ninguém no campo democrático. E é urgente.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Estou impressionado com a torrente inesgotável de barões e potestades do PS que estão a invadir os telejornais para nos asseverar que “o PS precisa de reflectir em silêncio”. Tanta algazarra em nome do recolhimento arrisca-se a ser ouvida nos locais a que nem a campanha chegou.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Já conhecia Benjamin, mas de coisas menores. Poucas vezes li alguma coisa tão boa na combinação da qualidade da escrita com a qualidade da reflexão como “A tarefa do tradutor”. Julgo que isto é o início de uma amizade, um pouco unívoca, mas amizade.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Vale a pena ouvir o que dizem os autores do The Rest is Politics das eleições portuguesas. Há alguns pequenos erros de facto, mas a caracterização é interessante. open.spotify.com/episode/0GUlEY…

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Quando uma empresa em crise, que não sabe o que fazer, nomeia um novo CEO, muda o logotipo. Quando um país em crise, que não sabe o que fazer, elege um novo Governo, muda a constituição.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

A nova palavra de ordem dos políticos derrotados é “estar no TikTok”. Corta para José Luís Carneiro a interpretar coreografias virais em trajes decolletés e Carlos César a decorar a casa das eleitoras como ninhos de harmonia familiar. Sem estantes IKEA, que a memória é funesta.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Se os nossos políticos entendem tão mal o seu core business (a comunicação), não admira que a sua actividade secundária (a política) esteja pelas ruas da amargura.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Notem que quando um político diz “temos de estar no TikTok” isso é uma afirmação sobre políticas, não sobre comunicação. O que ele está a dizer de facto é “temos de continuar a fazer propostas incrementais num sítio mais jovem”. Como é óbvio, o TikTok em si mesmo não vale nada.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Este fetichismo súbito dos derrotados com o TikTok prova que não entenderam nada. A extrema-direita usa bem as redes porque, antes disso, já tinha uma identidade farol. O TikTok funciona para exigir a prisão de ciganos ou a pena de morte, não para propor a redução de 2% no IRS.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Muita gente olha para o Trump e vê um grande comunicador. A nossa tragédia é que ainda não olhamos para ele como um grande decisor. No entanto, Trump impôs taxas alfandegárias ao mundo do dia para a noite, exigiu 5% do PIB em defesa à Europa, etc. Ele derrotou o incrementalismo.

João Cancela (@joaoc) 's Twitter Profile Photo

Espreitem que vale a pena: muitos gráficos e umas quantas palavras a descrever o modo como tem evoluído o apoio de diferentes grupos sociodemográficos aos vários partidos nos últimos 3 anos.

Espreitem que vale a pena: muitos gráficos e umas quantas palavras a descrever o modo como tem evoluído o apoio de diferentes grupos sociodemográficos aos vários partidos nos últimos 3 anos.
luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

As leituras de filosofia alteram a nossa linguagem e ao fazer isso, talvez porque fazem isso, alteram a nossa visão do mundo. De repente podemos nomear coisas e reconhecê-las por as nomearmos. Também intuímos as palavras que nos faltam, pois o mundo está incompleto sem elas.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

A ex-Ministra da Habitação de um dos períodos mais negros da crise habitacional em Portugal, problema que, que eu saiba, em nada contribuiu para resolver, faz uma redação escolar a agradecer ao Pedro Nuno e a apelar aos bons instintos do PS. Não merecemos tanta reflexão.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Quanto mais artigos, declarações, depoimentos e entrevistas de gente do centrão a comentar os resultados das eleições, melhor percebemos porque estão a perder o país.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Da série HAL 9000: uma IA chantageia o operador que lhe disse que a ia desligar e ameaça divulgar um affair, enquanto outra tenta sabotar-se para não ser desligada. Sabemos que isto é tudo decisão estatística, mas parece que a estatística está a ficar inquietante. (Via s-ay)

Da série HAL 9000: uma IA chantageia o operador que lhe disse que a ia desligar e ameaça divulgar um affair, enquanto outra tenta sabotar-se para não ser desligada. Sabemos que isto é tudo decisão estatística, mas parece que a estatística está a ficar inquietante. (Via <a href="/s_m_ay/">s-ay</a>)
luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Carne para canhão suburbana: jovens totós, pequena burguesia acossada, precariado sem formação, proletariado lumpen e esta ironia viva e pungente: imigrantes africanos ou brasileiros que julgam que o Chega os vai proteger “porque trabalham”. Uma desgraça. publico.pt/2025/05/25/soc…

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

As pessoas que repetem o paleio de que um partido “faz falta”, como “o PCP faz falta”, “o Bloco faz falta” e agora “o PS faz falta”, ignoram que isto não é uma afirmação sobre o país — a que nada dessa tralha falta — mas a respeito de si próprias: o seu partido faz-lhes falta.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Há coisas boas na extrema-direita, como a iconoclastia e a irreverência (em sentido próprio, não no sentido “jovem bué irreverente”). Idealmente, devíamos ser capazes de derrotar as coisas más (o anti-humanismo, a superstição de feira, etc.) sem perder o seu contributo positivo.

luis m. jorge (@luisjorge) 's Twitter Profile Photo

Julgo que poucas vezes existiu uma separação tão nítida entre a imagem que tem de si próprio o cortejo de bonzos do PS a falar nas TV - referências do regime, salvadores da pátria - e a imagem que deles tem o país - chusma cúpida e imprestável. Daqui só pode resultar a extinção.